quinta-feira, 28 de julho de 2011

Escrever..

Sinto um aperto corrosivo que me obriga a escrever aqui, agora.
Como eu estava relapsa e abandonei sem dó nem piedade este meu pobre blog..
Em pensar que nunca lhe dei valor, nunca investi neste meu lado blogueira.
Ah, quer saber? Eu não sou asim! Não gosto deste tipo de compromisso!
Ninguem gosta de compromisso, mas é tão hilário pois todo mundo procura a tampa da panela!! E se procura é porque quer compromisso!!

Me comprometo a escrever. É de mim para mim e isso já é gente demais!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Festa de escola

Ele desceu as escadas em minha direção. Estendeu a mão e me pediu que a segurasse com força.
A chuva começava a desmanchar minha chapinha, mas pela primeira vez na vida eu não estava me importando.
Eu sabia que ele não se importava tanto assim com o meu cabelo liso. Na verdade as garotas é que preferem cabelos escorridos; os homens gostam de volume moderado.
Independentemente de qualquer coisa que acontecesse naquele momento eu não largaria aquela mão, que pela aspereza jamais vira hidratante.
Tínhamos rompido a exatos 9 meses (é o tempo de toda uma gestação) e desde então eu não pensava em mais ninguém.
Sou muito romântica e toda minha vida de adoslecente eu tenho que esconder essa minha personalidade meloza e boba. Isso poruqe as pessoas confundem romantismo com ingenuidade.
Não sou ingênua, apenas sonho com um mundo bem melhor do que o que vejo no jornal e no BBB.
Ah! Sim! Aquela fantasia toda de que só existem gatas gostosas no mundo! As poucas pessoas com o físico normal que entram no BBB devem se sentir anomalias dentro daquela casa, trancafiados com uma galera vazia de cérebro e cheia de bunda.
Bem, ele sabia que eu gostava dele. Isso ele sempre soube. E o que mais me encanta nele é a magia que ele tem de me fazer acreditar em suas palavras. Quando ele quis romper o namoro comigo, conseguiu bravamente me convencer de que aquilo era o melhor a fazer, mesmo eu querendo não aceitar.
Isso é o que mais me encanta e o que mais me preocupa na personalidade do Gustavo.
Ele ainda é doce, ainda não se envenenou com os pensamentos maliciosos e com a idéa de que o cara para ser popular deve ser o pegador!
Ele é diferente. Ele me trata como uma princesa, me respeita, nunca força a barra.. Meu medo é que esse mundo, responsável por estragar as pessoas, faça com que ele acorde para essa minha fraqueza. Isso serias nosso fim. Isso seria meu fim.
Ele me levou para uma salinha perto de onde estava rolando a festa de nossa escola.
"Lica, eu gosto muito de você. E queria que você soubesse disso."-Falou ele.

"Pôxa, Gu. Você sabe que se não fosse por você, nosso namoro jamais teria terminado."

"Lica, nós nem estaríamos nos falando hoje.. Tenho certeza que fiz o melhor para nós dois! Mas não te trouxe aqui para falar disso, não exatamente.."

"Então..?"-indaguei bastante curiosa.

"Estou de mudança. Vou me mudar mês que vem e sei que você vai passar as férias com seu pai. Então, quando você voltar eu já não estarei mais aqui.."

"Como assim? Você vai para onde e porquê?"- Minha vontade era de me atirar aos pés dele e implorar que me levasse junto ou que ele ficasse comigo. Bobagem minha, nunca daria certo. Pagaria um micão a troco de nada. Preferi apenas me controlar, parecer conformada.

"Fiz uma prova só para testar meus conhecimentos para o vestibular que será ano que vem, mas passei. Lica, será muito bom para meu futuro, é uma faculdade ótima, professores conceituados.."

Perdi a noção ao ouvir o que ele me dizia. O conformismo aparente me abandonou como uma blusa tamanho PP larga uma adolescente: fácil fácil..

"Nãããããããããããããão me deixe aqui sozinha! Porr porr favvvvvor não vá. Você não pode ir.."

"Mas você está tão bem sem mim, Lica! Pára com isso que tá borrando toda sua cara!"

Eu já nem me importava com minha maquiagem. O cabelo já estava molhado, a cara borrada. Já não havia mais concerto, então não tinha que me desesperar. Isso tudo parecia tão pequeno perto do que eu estava passando..

"Eu não estava sem você, Gu! Eu estava todos os dias a seu lado, sempre no intervalo, com a galera, sabia que você me olhava toda vez que eu me levanto na sala de aula para ir ao banheiro.."

"E eu achando que você tinha incontinência urinária!"

"Não.. Eu gosto de sentir seu olhar me acompanhando.. Mas agora.. Tudo acabou!"

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Profissão Repórter

Não. Eu não vou falar sobre o programa da Rede Globo. Irei refletir sobre os profissionais da área de jornalismo, sobre seus direitos profissionais (agora quase nenhum), sua valorização no mercado, sua influencia na vida social.

Sim. Eu concordo plenamente com o presidente da Fenaj Sérgio Murillo Andrade, quando ele falou na ocasião da comemoração dos 30 anos do Sindjorn que acordou sentindo-se diminuído na manhã do dia 18 (dia que sucedeu a decisão do STF quanto a queda do diploma).

Talvez a categoria tenha forças para se unir. Quando criança, sempre acreditei que o jornalista era famoso. A Xuxa dançava, Eliana cantava "dedinhos" e o jornalista apresentava o telejornal e se fazia figura mais-que-importantíssima na hora de nos retratar a realidade.

Ontem, o jornalista trabalhava para a censura, segundo Gilmar Mendes.

Hoje, sei que jornalista não trabalha para a notícia. Não trabalha para a verdade. Também não é movido por suas preferências. Mas e então, o que faz o jornalista?

Amanhã, o jornalista vai findar numa nomeação barata. Isso já é o típico de hoje, mas acredito que as coisas vão piorar muito.

Quando criança, eu acreditava muito no que muitos ainda falam por aí.. Acreditava quando me diziam que o jornalista era responsável pela informação, era responsável pela notícia que ganhava notoriedade.

Mas quando crescemos, vemos que o jornalista não passa de um empregado que obedece às ordens de seu patrão. Jornalista trabalha para os ideais do jornal, ou seja, do editorial. Jornalista não trabalha escrevendo bonito como nos filmes americanos. E o pior de tudo é que ainda é mal pago (Em Natal/RN, a categoria tem o segundo menor piso salarial do país). Cadê os grandes jornais fazendo campanhas por uma informação de qualidade? Aonde estão as manchetes de indignação que não estampam os jornais. Há muitos anos atrás, passou-se quase um mês publicando manchetes sobre uma ficção patética à respeito do 'bebê diabo'. Gastasse manchetes com a causa do bebê diabo, mas não se gasta com a própria causa.

Os empresários, donos de jornais, não tem interesse algum em pagar mais caro para ter jornalistas diplomados sentados e escrevendo em suas redações. Empresários querem lucros, mas ainda vão tropessar na própria ganância, quando a qualidade de suas matérias forem questionadas.

Talvez por existir tantos jornalistas falidos, escrevendo livrinhos medíocres para aumentar a renda, trabalhando por um ideal que não defende, a categoria esteja, hoje, tão desvalorizada.

Mas, com o 'golpe' da queda do diploma, muitas pessoas acordaram para a causa do jornalista. Pena que não impomos respeito e que a sociedade está prestativa à nossa causa por pena.

Espero que até que eu me forme, essa 'impressão' suja do jornalista tenha se esvaído, espero que mesmo desvalorizados, a categoria consiga permanecer unida e fazer uma campanha com a força que todos acreditam que o jornalista tem. Se o jornalista tiver a força que, quando criança, acreditei que tivesse, a questão do diploma não ficará como está.

Jornais reivindicam a atenção de senadores, prefeitos, governadores e presidentes. Falam bem de algumas dessas figuras mesmo quando não se tem nada de bom para se falar. Onde estão todos agora?

domingo, 28 de junho de 2009


A Conferência Nacional de Comunicação será um espaço público para a prática do exercício democrático com a finalidade de gerar abertura a várias discussões sobre a mídia e meios de comunicação. Baseada num caráter de participação popular e controle social, a conferencia é financiada com recursos da União.Tem como propósito reunir em uma única discussão representantes da sociedade, empresários e governos a fim de estabelecer políticas de Estado.
O poder executivo convocou e todos os órgãos e movimentos que lutam pela democratização da mídia estão envolvidos na realização da Primeira Conferência Nacional de Comunicação. São várias as entidades engajadas em prol da questão, está entre eles a Fenaj, o Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), a CUT, o Conselho Nacional de Psicologia, o Coletivo Intervozes, o PT, os Sindicatos dos Jornalistas de todo Brasil (incluindo o Sindjorn), a Fitert (Radialistas), Abraço (Rádios Comunitárias), dentre outras.
Os empresários são os mais relutantes quanto à discussão, pois eles quem detêm o poder da informação de interesse da sociedade, talvez, por isso, eles tenham ocultado durante tanto tempo a intenção do debate na conferência. O monopólio midiático que assola o setor de comunicação no Brasil restringe e torna a informação recebida pelo público, uma informação medíocre. Todavia, os empresários vêem-se agora, na obrigação de assumir o papel de participantes da discussão, uma vez sendo eles maiores interessados num debate esclarecedor sobre as tecnologias emergentes como, por exemplo, a TV Digital e toda a plataforma de novidades tecnológicas que estão afogando o público do mercado midiático.
Agora que o Executivo já não mais reluta e decidiu opinar pela realização da conferencia, é a hora de esperar para colher os bons frutos (ou não) da discussão, em prol de uma comunicação de qualidade no nosso país, realizada pelas principais organizações nacionais.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Queda do Diploma causa fraturas na qualidade da informação


Sei que já faz quase 10 dias que essa notícia se espalhou por aí. Pode até parecer que estou postando um pouco tarde, mas eu precisava de um tempinho para me acostumar com a idéia. Precisava compreender mais sobre a decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, 8 votos a 1 é algo a se considerar.

Se o diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão, então comecei a me questionar sobre a qualidade das informações que serão veiculadas por pessoas quaisquer. Certamente os conhecimentos de abordagem podem ser assimilados vivencialmente, mas as bases que legitimam o exercício da profissão estão além destes conceitos de que ser jornalista é apenas segurar um microfone ou saber articular bons argumentos..

O que me faz incrédula quanto a essa decisão precipitada e ignorante é o fato deles tratarem a informação como uma coisa banal. De fato, há incontáveis indivíduos que são muito capazes de dominar a escrita; todavia, há também inúmeras pessoas com habilidades em indicar medicamentos, mas nem por isso são capazes de ser médicos.

Como ficará a classe dos jornalistas? O que acontecerá com o jornalismo? Será que a remuneração sofrerá uma desvalorização?
Para um bailarino conseguir uma vaga numa grande escola de dança, ele necessariamente precisa ter diplomas e certificados em várias escolas que comprovem seu estudo na dança, provem seu talento na prática. Será que o jornalismo não passa de um circo?

Eu tenho um questionamento sobre a questão dos concursos públicos para a área. Mas até que tudo se esclareça, as dúvidas pairarão no ar.
Na verdade, as próprias empresas de comunicação devem determinar os critérios de contratação. As empresas que têm credibilidade jamais arriscarão seu império contratando pessoas incapacitadas para o exercício da profissão.

Todo esse ‘bafafá’ se deu sob a desculpa de que o diploma era um resquício do regime de exceção, com um caráter de censura, que tinha a intenção de controlar as informações veiculadas pelos meios de comunicação, afastando das redações os políticos e intelectuais. Coisa de quem não tem o que fazer. Eu sou uma cidadã mais que comum e não tive impedimento nenhum quando me inscrevi para o meu primeiro vestibular. O curso de jornalismo era um desejo meu.
Qualquer pessoa pode seguir a mesma escolha. Se fôssemos contar quantos políticos são jornalistas diplomados... Trata-se que uma questão de bom senso. Os ministros devem ser políticos velhos que tem (ou desejam ter) alguma influência na mídia e tem preguiça de cursar uma faculdade.

Era pra existir uma faculdade para se formar ministro...

--O advogado João Roberto Fontes lembrou que a imprensa é conhecida como o quarto poder. "Ora, se não é necessário ter um diploma para exercer um poder desta envergadura, para que mais será preciso?", questionou. —
Bem interessante, não?

terça-feira, 23 de junho de 2009

A Democratização Democrática da Democracia midiática ;)




As questões são: que sentido os meios de comunicação brasileiros têm dado à vida humana? E à vida política? Será que prezam pela dignidade de todos os seres humanos? São democráticos ou formam monopólios? Em meio à crises geradas pela política e também pelos transtornos provocados pela queda do diploma no jornalismo no Ministério das Comunicações, a sociedade civil mantém a luta pela democratização da comunicação no Brasil.

O Dia Internacional da Democratização da Mídia, 18 de outubro, foi criado em 2000, em Toronto (Canadá), principalmente como forma de protesto contra a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas pessoas. Tal expressão nos mostra o quanto a questão é importante, não apenas para os jornalistas, mas para toda a população, que é espectadora de uma programação propositalmente articulada, fraudada e corrompida.

O que falta é, de fato, um forte movimento pela democratização dos meios de comunicação e reivindicações por uma televisão pública de qualidade, baseada no princípio do interesse público e da compreensão da comunicação como um direito humano. Uma televisão realmente pública e não uma estatal disfarçada de pública.

A televisão é o veículo mais popular por ser o principal meio de comunicação e entretenimento, sua programação determina os valores em nossa sociedade. Além disso, trata-se de uma concessão pública, com deveres a serem respondidos pelas empresas que exploram o serviço de radiodifusão.

A democratização da mídia deve priorizar a diversidade no lugar da chatice habitual, o controle cidadão no lugar de escolha corporativa, o desenvolvimento cultural no lugar do lucro e o discurso público no lugar das relações públicas.

O governo tem o dever de democratizar a mídia no país, mas como é quase que impossível acabar com as concessões de TV liberadas para os milhares e milhares de políticos que se beneficiam do meio para se promover, seria bastante útil a promoção do uso do software livre como uma alternativa de liberdade de expressão, econômica e tecnológica para uma inclusão social e igualdade de acesso a estes avanços. Seria um gasto útil do governo. Talvez, quem sabe, melhor até que o projeto bolsa família; em vez de entregar o milho, não seria melhor ensinar a plantá-lo? Educação é a chave para um Brasil com índices melhores, o governo reconhece isso, mas não faz nada para a democratização das mídias.

Conteúdo Digital



Palestra de José Carlos Aronchi esclarece dúvidas sobre o tema

Chegou à Natal, nesta última quarta-feira, 17, para participar da banca de avaliação dos novos profissionais do corpo docente do curso de radialismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o Professor José Carlos Aronchi de Souza. Ex-Professor adjunto do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Carlos ministrou nesta quinta-feira, 18, às 19h30min, uma palestra para os estudantes de Comunicação sobre as perspectivas da TV digital no Brasil.
José Carlos é profissional da área televisiva e de comunicação, doutor, mestre e bacharel em cursos da área de comunicação, professor de telejornalismo, direção de produção e projetos em televisão e é especialista em produção de programas de conteúdo digital e interativo. Foi pioneiro ao lançar, em 2004, o livro ‘Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira’, sendo este, o único livro já lançado em português a tratar de técnicas de produção para estruturação de programas. Em 2005, lançou ‘Seja o primeiro a saber’, um livro que comenta o desenvolvimento da rede de TV americana CNN, debatendo os conceitos de hegemonia e geopolítica na globalização.
Especialista em TV digital, esteve em mais de trinta países desenvolvendo estudos e trabalhos na área, Aronchi teve como foco principal de sua palestra o conteúdo digital e formatos interativos para TVD e EAD da AD Digital. Ele ensina a identificar as características dos diferentes gêneros de programa de televisão e a se familiarizar com a multiplataforma (dispositivo que possibilita a multiprogramação e a multiaula digital). Segundo Aronchi, a TV digital corresponde ao mercado do futuro: “As universidades privadas passarão a investir em cursos à distância. Estas aulas poderão ser assistidas em qualquer lugar, através do celular, mp3, Televisão...”.
O professor afirma que a tecnologia será disponibilizada em Natal apenas em 2010, devido a critérios utilizados como questões técnicas de relevo pouco acidentado e emissoras com maior mercado publicitário. Estes fatores foram determinantes quanto à priorização da chegada desta nova tecnologia de informação. Aronchi é paulista, mas afirma que é no nordeste que estão os grandes responsáveis pelo desenvolvimento do conteúdo digital no Brasil e questiona nossa dependência quanto ao eixo Rio-SP; uma vez sendo as universidades nordestinas (UFPB e UFRN) grandes colaboradoras do projeto.