terça-feira, 23 de junho de 2009

A Democratização Democrática da Democracia midiática ;)




As questões são: que sentido os meios de comunicação brasileiros têm dado à vida humana? E à vida política? Será que prezam pela dignidade de todos os seres humanos? São democráticos ou formam monopólios? Em meio à crises geradas pela política e também pelos transtornos provocados pela queda do diploma no jornalismo no Ministério das Comunicações, a sociedade civil mantém a luta pela democratização da comunicação no Brasil.

O Dia Internacional da Democratização da Mídia, 18 de outubro, foi criado em 2000, em Toronto (Canadá), principalmente como forma de protesto contra a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas pessoas. Tal expressão nos mostra o quanto a questão é importante, não apenas para os jornalistas, mas para toda a população, que é espectadora de uma programação propositalmente articulada, fraudada e corrompida.

O que falta é, de fato, um forte movimento pela democratização dos meios de comunicação e reivindicações por uma televisão pública de qualidade, baseada no princípio do interesse público e da compreensão da comunicação como um direito humano. Uma televisão realmente pública e não uma estatal disfarçada de pública.

A televisão é o veículo mais popular por ser o principal meio de comunicação e entretenimento, sua programação determina os valores em nossa sociedade. Além disso, trata-se de uma concessão pública, com deveres a serem respondidos pelas empresas que exploram o serviço de radiodifusão.

A democratização da mídia deve priorizar a diversidade no lugar da chatice habitual, o controle cidadão no lugar de escolha corporativa, o desenvolvimento cultural no lugar do lucro e o discurso público no lugar das relações públicas.

O governo tem o dever de democratizar a mídia no país, mas como é quase que impossível acabar com as concessões de TV liberadas para os milhares e milhares de políticos que se beneficiam do meio para se promover, seria bastante útil a promoção do uso do software livre como uma alternativa de liberdade de expressão, econômica e tecnológica para uma inclusão social e igualdade de acesso a estes avanços. Seria um gasto útil do governo. Talvez, quem sabe, melhor até que o projeto bolsa família; em vez de entregar o milho, não seria melhor ensinar a plantá-lo? Educação é a chave para um Brasil com índices melhores, o governo reconhece isso, mas não faz nada para a democratização das mídias.

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